terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Frase, Oração e Período

1)      Classifique os períodos colocando PS para período simples e PC para o período composto:
a) (    ) Dei bobeira e comprei a passagem direto para o Rio.
b) (    ) Antes os índios eram os donos da terra.
c) (    ) Chegou ao bar, dançou, cantou, bebeu e foi embora.
d) (    ) Eu sou o cara, mais dorminhoco do mundo.
e) (    ) Você está triste.
f) (    ) Eu quero que você me acorde quando o ônibus chegar
g) (    ) Atenção, vou contar uma piada.
h) (    ) Inventei aquela desculpa porque não achei outra melhor.
i) (    ) O estudo nos traz benefícios.
j) (    ) O amor constrói e o ódio destrói.

2) Indique nos parênteses o número de ações dos períodos abaixo:
a) (    ) O passageiro deu um pulo da cadeira e voou no pescoço do cobrador e aí começou a briga.
b) (    ) Segura daqui, pega dali, solta acolá, armou-se um circo espetacular.
c)(    ) O passageiro nem se mexe.
d)(    ) Fico muito nervoso quando me acordam.
e)(    ) Pelo jeito vai ser um belo dia.
f) (    ) Dia seguinte, seis e pouco da manhã, o ônibus para na rodoviária de Goiânia.
g) (    ) Quando sou acordado, fico uma fera.
h)(    ) O ônibus vai para Belo Horizonte.
i)(    ) O passageiro ficou muito nervoso com o trânsito.
j) (    ) O passageiro acorda sonolento, limpa os olhos, coça o peito e olha para o lado de fora.

3) Coloque C(certo) ou E (errado) para as afirmações colocadas nos parênteses abaixo:
1. (    ) Cuidado com nossas crianças. (período simples)
2.      (    ) Tudo voltou ao que era antes. (período composto)
3. (    ) Minha mãe usa óculos, a sua não usa. (período simples)
4. (    ) Chuva e sol, casamento de espanhol. (frase)
5. (    ) Deus fez você para a vida. (período simples)
6. (    ) Lá vai ele para o mundo. (período simples)
7. (    ) Todo casal briga um dia na vida. (período composto).
8. (    ) O menino muito educadamente se despediu. (período composto)
9. (    ) Deus fez a lua que ilumina nossa estrada. (período composto)
10. (    ) Os dois eram parceiros inseparáveis. (período simples)

4.  Coloque A para frases nominais e B para frases oracionais.
1.      (    )  Que piada engraçada!
2.      (    )  Silêncio!
3.      (    ) Não pise na grama.
4.      (    ) Todos começaram a rir.
5.      (    ) Atenção!
6.      (    ) Por favor, dê-me um cigarro.
7.      (    ) Boa noite!
8.      (    ) O dia amanheceu nublado.
9.      (    ) Com licença.
10.    (    ) Deixe-me passar!

5. Aponte a alternativa cuja frase não seja oracional.
a.  O mal com o bem se paga.
b. Devagar, travessia de pedestres.
c.  Paulo deu gargalhadas.
d. Olhe como o céu está azul!

6. Coloque PS para o período simples e PC para o período composto:
a.(    ) Inventei aquela desculpa na hora.
b.(    ) Você vai sair ou vai ficar em casa?
c. (    ) Não gosto de mentiras.
d.(    ) Domingo fui ao clube, corri, nadei e joguei tênis.
e. (    ) O cachorrinho é pequeno mas já sabe morder.
f.  (    ) José casou-se e teve três filhos.
g. (    ) Todos os feriados vamos à praia.
h. (    ) Prefiro o sítio à praia.
i.(    ) Os trabalhadores rurais trabalham muito; ganham pouco.
j. (    ) Eu já li este livro três vezes.

     7. Coloque C (certo) ou E (errado) à identificação do número de oração e do tipo de períodos abaixo:
1. (    ) Fui passear à tarde e à noite retornei. (2 = composto)
2. (    ) O rapaz seguiu a moça e pediu o número de seu telefone. ( 2= simples
3. (    ) O atleta se preparou para correr e venceu. (2 = composto)
4. (   ) Você vai resolver seus problemas; procure ajuda. (4 = composto)
5. (    ) Você vai acreditar na minha palavra ou na dele? (1= simples)
6.  (    ) O amor é maravilhoso. (1 = simples)
7.  (    ) Um cachorro está seguindo o homem que corre. (2 =composto)
8.  (    ) Os patrões tratam bem os funcionários. (1=simples)
9.  (    ) Iremos cultivar a terra, pois ela produzirá ótimos frutos que nos sustentarão. (4= composto)
10. (    ) Os anos passam e as pessoas evoluem. (2=composto)

8. Responda nos parênteses quantas orações possuem os períodos:
a. (   ) Cheguei, vi e venci.
b. (   ) Não gosto de mentiras.
c. (   ) Use o guardanapo ou ficará manchada a camisa.
d.  (   ) Não se preocupe; eu consigo chegar a tempo.
e.  (   ) Isaias tem se esforçado muito, portanto, conseguirá a promoção.
f.  (   ) Não gosto de jiló.
g. (   ) Recife é considerada a Veneza brasileira.
h. (   ) A costureira é caprichosa, logo fará um belo vestido.
i.   (   ) Não tenha medo!
j.   (   ) Olhe, achei um belíssimo camafeu.

9. Forme períodos compostos, unindo os pares de orações com as palavras e, ou, mas, logo, porque, porém, nem, de acordo com o sentido:

Exemplo: Ele não sabe nadar. Ele caiu na piscina.
  Ele não sabe nadar e caiu na piscina.

a) Deve ser feriado. A rua está deserta.
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b) Igor já é adulto. Ele age feito criança.
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c)      Ricardo está em casa? Ele foi ao clube?
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d) Não assisti ao jogo. A televisão queimou.
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e) Misael não estuda. Ele não trabalha.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Variações linguísticas: O modo de falar do brasileiro

A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.

1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita;
2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo;
3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.

Uma língua nunca é falada da mesma forma, sendo que ela estará sempre sujeita a variações. Dentre elas destacam-se:

Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
 “Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado devido à diferença de épocas: o português falado hoje é diferente do português de 50 anos atrás.

Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.  O Brasil é uma país com território bastante extenso e para diferentes lugares há diferentes falas.

Variações sociais ou culturais:
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.

Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:

Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade


CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso,
mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)

Diante de tantas variantes linguísticas, é comum perguntar-se qual a forma mais correta. Porém não existe forma mais correta, existe sim a forma mais adequada de se expressar de acordo com a situação. Dessa forma, a pessoa que fala bem é aquela que consegue estabelecer a forma mais adequada de se expressar de acordo com a situação, conseguindo o máximo de eficiência da língua.

Usar o português rígido e sério (linguagem formal escrita) em uma comunicação informal, e descontraída é falar de forma inadequada. Soa como pretensioso, artificial. Da mesma forma, é inadequado utilizar gírias, termos chulos e desrespeitosos em uma situação formal.

Ao se falar de variantes é preciso não perder de vista que a língua é um código de comunicação e também um fato com repercussões sociais. Existem muitas formas de comunicar que não perturbam a comunicação, mas afetam a imagem social do comunicador. Uma frase como “O povo exageram” tem o mesmo sentido que “O povo exagera”. Como sabemos o coletivo como conteúdo é sempre plural. Porém hoje a concordância é com a forma. Nesse particular, há uma aproximação máxima entre língua e etiqueta social. Atualmente falar “O povo exageram” deprecia a imagem do falante.